Melanoma
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave, pois apresenta um risco elevado de desenvolver metástase, principalmente para o pulmão ,fígado e cérebro.
Epidemiologia
A letalidade do câncer de pele melanoma é elevada, porém sua incidência é baixa. Para 2018 estão previstos 2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres, segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil. As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na região Sudeste.
Tem-se observado um expressivo crescimento na incidência deste tumor em populações de cor de pele branca. Quando os melanomas são detectados em estádios iniciais os mesmos são curáveis na maioria dos casos.
O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do mesmo.
Fatores de Risco
Os fatores de risco, em ordem de importância, são: a sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol e não bronzeamento), a pele clara, a exposição excessiva ao sol, a história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de idade a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas). A prevenção é evitar exposição solar e usar protetores solar.
Sintomas
O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada pré-existente. A manifestação da doença na pele normal se dá a partir do aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. Se não tratada evolui para uma ferida , e envolvimento dos linfonodos regionais. Se a lesão for nos membros inferiores as mestastases linfonodais ocorrem na região inguinal, se o tumor for de membros superiores os linfonodos acometidos serão os da região axilar.
Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre um aumento no tamanho, uma alteração na coloração e na forma da lesão que passa a apresentar bordas irregulares.
Tratamento
A cirurgia é o tratamento mais indicado. A extensão da cirurgia depende do tamanho da lesão e do nível de infiltração da pele. Pode ser necessária a utilização de enxertos de pele ou rotação de retalhos. O fator prognóstico mais importante é a presença de acometimento dos linfonodos. O nível de invasão da pele é descrita em “mm” de Breslow. Quanto maior é a invasão da pele maior é o risco de metástase linfonodal. Na presença de linfonodos comprometidos realiza-se a retira dos mesmos. Na ausência comprometimento dos linfonodos realiza-se a pesquisa do linfondo sentinela, se este for negativo não há necessidade de retirar os demais , diminuindo as complicações do tratamento radical. A pesquisa do linfonodo sentinela esta indicado para melanomas com invasão maior que 0,76 mm de Breslow ou naqueles de qualquer espessura que apresente ulceração ou índice mitótico diferente de zero. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio do câncer. Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a doença avançada deve ter então como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.